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JUL
10
10 JUL 2023
CULTURA
Memorial do Imigrante ‘Tuto Gasparini’ recebe exposição de artes visuais do artista Boccara
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Denominada ‘Arte Visionária’, mostra reúne desenhos, histórias em quadrinhos, pinturas em óleo sobre tela e esculturas, que retratam a produção artística ao longo de toda a vida do autor

O Memorial do Imigrante ‘Tuto Gasparini’ recebe a partir de segunda-feira (17), a exposição ‘Arte Visionária’, do artista imigrante Boccara, terceira exposição a ser realizada no local neste ano. 

A mostra poderá ser visitada até o dia 18 de agosto, de segunda a sexta-feira, com exceção de feriados e pontos facultativos, das 8h às 17h. Além disso, também receberá visitantes durante o Passeio de Rolimã, domingo (30).

‘Arte Visionária’ reúne desenhos, histórias em quadrinhos, pinturas em óleo sobre tela e esculturas, que retratam a produção artística ao longo de toda a vida do autor. Além disso, dentre as obras se destaca uma instalação feita com esferas de argila, que criam diálogos entre a arte escultórica e o espaço.

 “O Memorial do Imigrante é, como o próprio nome sugere, um local de memória daqueles que deixaram sua casa, sua terra, e para cá vieram em busca de uma nova vida. Ter neste local a exposição de um imigrante é como atingir o ápice da utilidade para a qual foi criado. Que toda a energia criativa de Boccara desperte em nossos visitantes a curiosidade, a compreensão e o respeito pela arte e pelo ser humano como um todo, independentemente de suas origens”, destacou o prefeito Dr. Dario Pacheco. 
 

Sobre o artista

Boccara, Ernesto Giovanni, nasceu em 1948 no Cairo, Egito. Tornou-se imigrante com oito anos de vida, junto de sua mãe francesa e pai italiano, quando em 1956 vieram para o Brasil devido à Guerra do Canal de Suez – momento no qual já desenhava compulsivamente.

Fascinado por histórias em quadrinhos, devorava os volumes emprestados pelo italiano e dono da banca de jornais, “seu Antonio”, em troca de serviços como entregador nos prédios da vizinhança durante as madrugadas. Futuramente viria a criar e desenhar histórias em quadrinhos que seriam publicadas no suplemento infanto-juvenil do Jornal, “O Valeparaibano”.

Com onze anos, ingressou na Associação Paulista de Belas Artes, no centro histórico de São Paulo, quando morou no Bairro do Bexiga, habitado por imigrantes italianos. Lá encontrou artistas professores - também imigrantes há mais tempo, vindos ao Brasil durante a segunda guerra mundial. Na associação, recebe as primeiras orientações na formação clássica por um artista docente de origem romena, George Nasturel, que, quando convidado a fazer um painel nos EUA, delegou ao jovem Boccara a responsabilidade de lecionar aos colegas, bem mais velhos.

Em 1970, ingressa na Faculdade de Arquitetura de São José dos Campos - primeira faculdade particular no interior em plena ditadura militar-, onde encontrou professores expulsos da Universidade de Brasília, que passam a contestar os currículos tradicionais e travam por cinco anos lutas políticas que o estimulam a inventar processos criativos de interface das linguagens expressivas, convergindo para o ensino de arquitetura, em constante contato com as artes plásticas.

Intuitivamente, emerge das primeiras investidas na Arte Visionária na mesma década, participando de exposições de arte e sendo premiado em várias delas. Obras suas, elaboradas através de desenhos em técnica esferográfica preta com ponta fina, acabaram sendo adquiridas pela Pinacoteca de São Bernardo dos Campos.

Recém-formado, é convidado por duas Universidades: Mackenzie, em São Paulo, e PUC de Campinas, ingressando no mestrado e doutorado na USP. Lá encontra um pintor e professor, Rodrigues Coelho, que o convida a fazer seus desenhos em pinturas a óleo, lhe ensinando segredos da técnica e, de passagem rápida, quando acaba conhecendo o jovem Adélio Sarro, que visitava periodicamente o ateliê.

Boccara se muda para Valinhos e depois para Vinhedo, entre as décadas de 80 e 90. E da feliz coincidência do reencontro com Sarro, recebe o generoso convite para fazer uma exposição individual, que intitulou de “Boccara Arte Total”, com 85 itens expostos dentre pinturas, desenhos, HQs, esculturas, figurinos e seu primeiro livro de literatura de ficção visionária, ilustrada com suas próprias pinturas, “Os Ciclonautas”, publicado pela Editora nVersos.

Posteriormente, titulado como Mestre e Doutor pela USP, foi convidado pela Unicamp a ingressar no Instituto de Artes para lecionar desenho e pintura na graduação e pós-graduação, tendo recebido o título de Livre Docente e formando dezenas de mestres e doutores.

Realizou, ainda, várias exposições individuais e coletivas na Galeria do Instituto de Artes, tendo sido convidado, também, para expor em cinco Bienais de Arte Visionária, coordenadas por Rodrigo Nini, incentivador de artistas visionários da região campineira e convidados do exterior.

“Por que arte visionária? Porque a vida é uma ficção da imaginação humana!”, resume o artista. 
 

 Serviço

Exposição ‘Arte Visionária’ por Boccara

De 17 de julho a 18 de agosto de segunda sexta-feira das 8h às 17h

Memorial do Imigrante Tuto Gasparini

Entrada gratuita

Autor: Ana Cândida Briski
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