A Secretaria de Saúde começou a entregar, nesta quarta-feira (29), as primeiras unidades de sensores de glicose para diabéticos tipo 1. Essa tecnologia permite monitorar o nível de glicemia sem ter a necessidade de furar o dedo, além de identificar padrões que auxiliam no ajuste da terapia e estilo de vida dos pacientes.
Os sensores, inicialmente, atendem diabéticos tipo 1, compreendidos na faixa etária entre 4 a 24 anos, 11 meses e 29 dias. Além deles, também aborda gestantes de alto risco que fazem o uso de insulina durante a gestação, até a data do parto.
Conforme aponta a Federação Internacional de Diabetes, a diabetes durante a infância e adolescência pode apresentar maiores riscos, por isso foi contemplada a faixa etária de diabéticos tipo 1 de 4 a 24 anos para o uso dos sensores de glicose, e para que quando cheguem na vida adulta estes jovens tenham uma saúde melhor.
Os estudos ainda mostram que a diabetes tipo 1 causa complicações como doenças renais, cardíacas e oculares em 31% dos brasileiros entre 13 e 19 anos diagnosticadas com a doença. Em níveis altos, ela pode causar complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos dos pacientes.
"Por estes motivos e pela diabetes tipo 1 apresentar maiores complicações na saúde dos pacientes e ter um controle mais difícil, foi escolhida para iniciar o programa. No futuro, de acordo com a disponibilidade de investimentos, também serão atendidos diabéticos de outras idades", completa Milton Ribolli, secretário municipal de Saúde.
Compareceram ao evento dessa primeira entrega alguns pacientes que já retiravam insumos com a rede, assim como responsáveis convidados, além de vereadores e do prefeito, Dr. Dario Pacheco.
A empresa, fabricante dos sensores, também organizou uma capacitação para os pacientes presentes onde tiveram a oportunidade de compreender como os sensores funcionam, assim como cuidados para fazer a leitura dos níveis de glicose e orientação sobre os critérios de manutenção dos sensores, que está detalhado no protocolo oficial (https://bit.ly/protocolosensores).
A documentação necessária para retirada dos sensores também está descrita por completo no protocolo acima e deve ser entregue no serviço social na UBS Planalto de 7h30 às 13h, de segunda a sexta-feira.
Investimentos e avanços
Cada um dos sensores custa em torno de R$300, e precisam ser trocados a cada catorze dias. “É um alto investimento, mas nós estamos fazendo tudo para dar melhores condições de vida para a nossa população”, afirma o prefeito Dr. Dario.
Os pacientes cadastrados terão o atendimento e acompanhamento realizados por equipe multiprofissional composta por médico endocrinologista, enfermeiro, nutricionista e farmacêutico, de acordo com a evolução do tratamento, as consultas serão agendadas com os profissionais do Ambulatório de Diabetes, vinculado à Secretaria Municipal de Saúde.
Atualmente, a rede municipal conta agora com duas médicas endocrinologistas, uma no Centro Médico e uma na Policlínica da Capela. E, a partir do dia 5 de dezembro, uma terceira profissional endócrina irá dividir os atendimentos nos dois ambulatórios.