Em caso de dúvidas sobre as patologias relacionadas ao período, cidadãos podem entrar em contato com o Departamento de Vigilância Epidemiológica pelo telefone (19) 3876-6777
Nos meses em que ocorre o aumento significativo do volume de chuvas – principalmente no período que abrange dezembro a março – a Prefeitura de Vinhedo, por meio da Secretaria de Saúde, alerta os cidadãos para que fiquem atentos aos perigos relacionados às doenças infecciosas que são mais comuns nesta época do ano, tais como as diarreicas agudas (amebíase, giardíase e Escherichia coli), hepatite A e cólera. Algumas destas têm alto potencial de disseminação, pois a transmissão ocorre de pessoa para pessoa via fecal e oral, e segundo a secretária de Saúde, Nádia Capovilla, podem ser evitadas com cuidados básicos, que incluem a verificação da qualidade da água que é ingerida e a limpeza correta de alimentos e das mãos, fatores que ajudam a minimizar consideravelmente o contato e transmissão.
Outra doença que merece atenção, sobretudo nesta época do ano, é a leptospirose. Caracterizada porquadro agudo grave, é transmitida por contato direto ou indireto com a urina de animais infectados pela bactéria leptospira – principalmente ratos – e pode, inclusive, levar à morte. Os principais sintomas iniciais relacionados à doença são dor de cabeça, febre e dores no corpo. “A penetração deste micro-organismo, a leptospira, pode ocorrer de diferentes formas: através da pele com lesões, pelas mucosas ou pela imersão por longos períodos em água contaminada. Por isso, é importante que a população evite o contato com águas de rios e córregos durante enxurradas ou de chuvas torrenciais e fique longe de locais em que haja acúmulo de lixo”, explicou a secretária da pasta.
Segundo dados da Secretaria da Saúde, em 2011 foram registrados 28 casos de suspeitas de leptospirose em Vinhedo. Após acompanhamento, apenas dois foram confirmados. Um deles foi adquirido pelo morador fora do município, ocasião em que ficou exposto a situações consideradas de risco e propícias à transmissão da doença.
Caso a pessoa apresente os sintomas iniciais da doença em até 30 ou 40 dias após o contato com água não tratada, deverá procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo de sua residência e informar ao profissional de atendimento seus sintomas e que esteve exposto às situações consideradas de risco. Em caso de dúvidas, o Departamento de Vigilância Epidemiológica, da Prefeitura de Vinhedo, pode ser contatado de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas, pelo telefone (19) 3876-6777.
Qualidade da água
Em Vinhedo, a qualidade da água que é consumida pelos contribuintes é verificada diariamente pela autarquia responsável pelos serviços de água e esgoto no município, a Saneamento Básico Vinhedo (Sanebavi). Para tanto, a Sanebavi realiza diariamente análises nos processos de tratamento da Estação de Tratamento de Água (ETA) I e II. Além dos procedimentos feitos de hora em hora, a autarquia ainda faz um controle paralelo em seu laboratório, responsável por averiguar a qualidade da água tratada nos testes físico-químico e biológico.
Os procedimentos que indicam esta qualidade são feitos dentro dos padrões estabelecidos pela Portaria nº 2914/11, que revoga a 518/04, do Ministério da Saúde, a qual estipula o padrão de qualidade da água para o consumo humano.
Outros cuidados
O Ministério da Saúde também alerta que durante o período em que há o aumento de chuvas, a população deve adotar alguns cuidados especiais, mantendo-se longe, sempre que possível, do contato com água ou lama provenientes de enchentes ou, quando for inevitável, se proteger com botas, luvas e sacos plásticos. Às crianças, a recomendação é para que brinquem e fiquem bem longe destes locais.
No caso de enchentes, também é necessário fazer a limpeza da caixa d’água e observar a origem da água que será consumida. Em caso de falta de energia, a atenção deve ser tomada com os alimentos que estavam guardados em refrigeração, a fim de evitar intoxicação. Também é indicado verificar se há a presença de animais peçonhentos, que podem aparecer após a água da enchente diminuir ou secar. Neste último caso, o Departamento de Zoonoses pode fornecer as orientações necessárias pelo telefone: (19) 3826-7487.