Nascimento mobilizou Corpo de Bombeiros de Louveira e Ambulância da Saúde de Vinhedo, que se deslocaram à casa da família, no Bela Vista
Para uma família do bairro Bela Vista, em Vinhedo, o dia da derrota do Brasil para a Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar vai ser lembrado por um motivo muito mais nobre. Na sexta-feira, enquanto a Seleção Brasileira disputava o segundo tempo da partida, nascia dentro de casa, sobre a cama da mãe, mais uma vinhedense saudável. O parto mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros de Louveira e do pronto atendimento da Saúde, pelo 192, da Prefeitura de Vinhedo.
A equipe formada pelo motorista José Carlos Morais da Silva, o enfermeiro Joely Gonçalves Batista e a técnica de enfermagem Maria Marlene Pinho havia acabado de chegar com a ambulância do 192 à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Vinhedo, de uma ocorrência sem maiores intercorrências, quando foi acionada, às 13h21, pelos Bombeiros de Louveira para atender um mulher em trabalho de parto.
A família da gestante acionou o 193, dos Bombeiros, pelo telefone, quando percebeu que a criança estava nascendo e não havia tempo de levar a mãe ao hospital. A ligação caiu na corporação da cidade vizinha, devido à proximidade do bairro com Louveira. Os bombeiros avisaram a Saúde de Vinhedo ao mesmo tempo em que se deslocavam para o atendimento.
A ambulância de Vinhedo chegou à casa da gestante às 13h29, minutos depois dos Bombeiros. Assim que os profissionais de saúde de Vinhedo entraram na casa, perceberam que a criança já estava nascendo sobre a cama. Os profissionais fizeram todos os atendimentos necessários, começando pela avaliação da mãe e avaliação do bebê, que foi limpo e colocado em uma manta térmica.
A equipe de saúde realizou ainda procedimentos como clampeamento e corte do cordão umbilical. Após todos os cuidados, a mãe e o recém-nascido foram encaminhados à Santa Casa de Vinhedo, onde um médico já estava esperando pela dupla. Segundo Silva, mãe e filha estavam em boas condições de saúde. “Brincamos que, se fosse menino, ia se chamar Neymar. Mas isso foi antes da derrota”, comentou. Ele e os colegas de equipe não assistiram ao jogo.
Silva, Marlene e Batista, assim como outros profissionais da Saúde e de serviços essenciais de Vinhedo, estavam trabalhando enquanto boa parte dos profissionais de outros setores pôde parar para ver as partidas da Seleção. Mas o motorista disse que a restrição faz parte do ofício. “Nosso trabalho é atender as pessoas quando elas precisam. Natal, Ano Novo, não importa, estamos trabalhando para cuidar da saúde. Faço isso há mais de 20 anos e já estou acostumado”, contou.