Cidade esteve representada no encontro de municípios paulistas
Vinhedo é um dos poucos municípios do Estado de São Paulo que já tem elaborado para 2017 um plano específico para combate a controle às arboviroses urbanas. A informação foi passada ao secretário municipal de Saúde, Alexandre Viola, pelo secretário estadual de Saúde, David Uip, durante o encontro entre representantes dos municípios paulistas.
O objetivo do encontro, que ocorreu em São Paulo, nesta segunda-feira, dia 29, foi promover uma força tarefa conjunta entre os municípios para monitorar e controlar a presença doAedes aegyptino Estado e a evolução dos casos de doenças transmitidas pelo mosquito: dengue, chicungunya, zika vírus e febre amarela.
“Estamos avançados nesta questão de combate e controle as arboviroses. Para 2017 já temos elaborado e em atividade o Plano Municipal de Vigilância, Controle e Combate às Arboviroses Urbanas, enquanto mais da metade dos municípios ainda não enviaram ao estado este documento, que traz medidas preventivas bastante importantes. Além disso, os municípios que já têm um plano em prática também poderão ser beneficiados com o envio de recursos financeiros destinados ao combate destas doenças”, comentou o secretário municipal de Saúde, Alexandre Viola, que representou o prefeito Jaime Cruz no encontro.
Para o prefeito Jaime Cruz o sucesso das ações promovidas pela Secretaria de Saúde depende do apoioe envolvimento da população para combater e eliminar os criadouros do mosquito. “Estas doenças viraram questões de saúde pública e por isso a população precisa nos ajudar nesta ação preventiva tão importante para garantir a saúde de nossa população”, disse o prefeito Jaime Cruz.
Além de potencializar as ações de combate à doença, o Plano Municipal de Vigilância, Controle e Combate às Arboviroses traz dados sobre a característica do município e a situação da doença registrada em 2016, projetando ações preventivas para 2017. Apresenta instruções sobre as doenças, características de Vinhedo, fluxograma para classificação de risco de acordo com a incidência, controle de vetores, entre outras questões.
A Secretaria de Saúde tem realizado um amplo trabalho preventivo e de busca ativa do mosquito Aedes aegypti em Vinhedo. Durante a visita casa a casa, os moradores são orientados a desenvolverem, no dia a dia, medidas simples que possam contribuir para eliminação dos criadouros do mosquito. Também é feito a busca ativa, com a coleta de larvas e, posteriormente, análise em laboratório.
As visitas em residências e estabelecimentos comerciais são feitas rotineiramente pelos oficiais de zoonoses.
Já as operações de bloqueio de foco são desencadeadas a partir da notificação de suspeita ou confirmação de um caso de dengue. São visitados todos os domicílios localizados no raio de 500 metros da propriedade do indivíduo suspeito, além de reforçar as informações junto à população.
Pontos considerados estratégicos, como cemitério, borracharias e ferros-velhos, pela grande quantidade de água acumulada e possíveis criadouros, recebem visitas a cada 15 dias dos oficiais de zoonoses.
Também são feitas visitas em imóveis considerados especiais, como empresas e alguns prédios públicos.
Por meio do Decreto nº 77, a Prefeitura também instituiu no ano passado o Estado de Alerta e Combate à Dengue, regulamentando os procedimentos de Vigilância em Saúde (sanitária, epidemiológica e zoonoses), visando o combate à dengue.
O decreto autoriza a execução de medidas emergenciais, entre elas a entrada de funcionários municipais em propriedades particulares para limpeza e combate ao foco da doença, com posterior cobrança ao proprietário que deixou de cumprir a sua obrigação de manter o local limpo.
Também no ano passado, por meio do Decreto nº31, foi criado o Comitê Municipal Intersetorial de Vigilância e Controle da Dengue de Vinhedo. Instituído em caráter permanente, o Comitê tem a missão de acompanhar e estabelecer estratégias de ações voltadas à prevenção e controle da dengue e outras arboviroses.
Em 2016 foram confirmados 45 casos de dengue e não ocorreram registros de zika, chicungunya e febre amarela. Não há casos confirmados das doenças nestes anos.