Cair na malha fina pode atrasar a restituição e aumentar os juros
A Receita Federal já liberou o programa para declaração do Imposto de Renda (IR) 2014 – ano-base 2013. Nos próximos dias, as instituições financeiras irão fazer esforços publicitários para convencer o consumidor a antecipar a restituição e "resolver" todos os seus problemas de falta de dinheiro. Antes de optar pelas "vantagens" prometidas pelos bancos, confira algumas dicas do Procon de Vinhedo, órgão ligado a Secretaria de Negócios Jurídicos da Prefeitura.
O primeiro passo é pesquisar e comparar a antecipação com outras linhas de crédito. Apesar de geralmente possuir juros menores que outras modalidades de empréstimo (sim, a antecipação da restituição do IR é um empréstimo, nunca se esqueça disto), é bom ficar atento ao Custo Efetivo Total (CET) da operação.
Segundo o PROCON de Vinhedo não é apenas o valor dos juros que determina se um empréstimo é mais vantajoso que outro. As instituições financeiras cobram taxas e impostos para realizar este tipo de operação, como IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e tarifas bancárias.
A malha fina pode causar um enorme transtorno para o consumidor que solicitar a antecipação, pois a demora para receber a restituição fará com que o contribuinte pague ao banco mais juros. É também por isso que o contrato deve ser lido e analisado antes de ser assinado, pois precisam estar especificadas quais serão as consequências caso o consumidor caia na malha fina.
No contrato também devem constar informações sobre possíveis custos adicionais e juros que serão cobrados pelo período em que demorar para sair a restituição do consumidor.
E, por último, um conselho: antes de optar pela antecipação lembre-se de que a restituição é um direito seu. Tenha paciência, pois o dinheiro vai ser depositado em sua conta. Evite pagar juros sem necessidade. Se quiser receber mais rápido, não deixe a declaração para última hora.