Durante o lançamento, o prefeito Jaime Cruz, que é também presidente do Conselho da RMC, ressaltou os municípios devem assumir um compromisso pela redução dos índices
A Região Metropolitana de Campinas (RMC) conta agora com um importante instrumento para ações voltadas à melhora da qualidade do ar. Trata-se do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa e de Poluentes Atmosféricos da Região Metropolitana de Campinas, apresentado na última sexta-feira, 10. O levantamento, conduzido pela Prefeitura de Campinas, contou com apoio da Prefeitura de Vinhedo e também das demais cidades da RMC. O prefeito Jaime Cruz esteve presente no lançamento.
“Chegou o momento de focarmos em ações efetivas voltadas à qualidade do ar que respiramos. Nós, prefeitos, precisamos ter o compromisso político de ações nessa área. O grande pedido que nós recebemos é por obras físicas, de concreto, asfalto, mas essa questão ambiental não pode ser deixada de lado. Devemos permanentemente encontrar formar para alcançar o desenvolvimento de forma sustentável”, destacou o prefeito Jaime Cruz.
O secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Juliano Ferragutti, também participou do evento, realizado na Prefeitura de Campinas. Também esteve presente o prefeito local, o anfitrião Jonas Donizette.
Conforme demonstrado, os setores de geração de energia estacionária, transportes e resíduos são os responsáveis pela emissão de 90% de gases de efeito estufa (GEE) na RMC. O inventário foi conduzido, durante o ano de 2018, pela empresa Waycarbon com a participação do ICLEI (Governos Locais pela Sustentabilidade), por meio do Fundo de Recuperação, Manutenção e Preservação do Meio Ambiente (Proamb) de Campinas.
Dados
Conforme o levantamento, a RMC emitiu, no ano base de 2016, um total de 11.218 milhões de toneladas de GEE, o que a caracteriza como uma região de perfil urbano. De acordo com o estudo, o setor que mais emite é o de energia estacionária, ou seja, aquele que usa a queima de combustíveis fósseis para a geração de energia, com 42,7% das emissões totais na região.
Em segundo lugar está o setor de transportes (terrestre, ferroviário e aéreo), com 41,7% das emissões e, em terceiro, o setor de resíduos (disposição final ou tratamento dos resíduos sólidos, incineração dos resíduos da saúde), com 9% das emissões. Esses setores somados são responsáveis por mais de 90% das emissões da RMC.
Dos gases de efeito estufa lançados na RMC no ano de 2016, Vinhedo ocupa a 11ª posição na RMC. Paulínia, que possui um polo petroquímico, foi responsável pela emissão de 38,5%; e Campinas, de 23,2%, os maiores da região. Vinhedo é a 11ª também quanto à emissão de poluentes na RMC.
As emissões dos gases de efeito estufa são responsáveis por intensificar o fenômeno da mudança do clima global, que pode ocasionar impactos relacionados à crise hídrica, perdas na agricultura, aumento de suscetibilidade a doenças tropicais e podem prejudicar a qualidade de vida da população.
Já os poluentes atmosféricos, quando encontrados em altas concentrações na atmosfera, podem desencadear problemas de saúde e causar impactos ao meio ambiente e na infraestrutura urbana.
Em termos do Plano de Ação, foi definida que a RMC deve reduzir suas emissões em 31,6% até 2060. O estudo pode ser encontrado no site