Prefeito Dario Pacheco participou do curso ministrado pelo infectologista André Bueno e alertou sobre a importância do acolhimento do paciente
Profissionais da Rede Municipal de Saúde de Vinhedo participaram nesta sexta-feira (5), no Centro de Educação Profissional de Vinhedo (Ceprovi), de um treinamento sobre atendimento, cuidados e diagnóstico da monkeypox, popularmente conhecida como varíola dos macacos, com o infectologista André Bueno. O treinamento contou com a participação do prefeito Dario Pacheco, médico, que contribui com o debate. Vinhedo tem um caso confirmado de monkeypox, de paciente já curado, e investiga dois casos suspeitos, sem gravidade.
“É uma doença nova para o Brasil e temos que estar preparados para combatê-la, seguindo todas as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde”, disse dr. Dario. No curso, foram tratados temas como índices dos casos, público, faixa etária, gêneros que estão sendo mais afetados, acolhimento ao paciente, notificação, agilidade de diagnóstico e armazenamento do teste. O infectologista já havia realizado um treinamento com profissionais de Saúde de Vinhedo na sexta-feira passada.
O prefeito lembrou que as unidades de saúde de Vinhedo estão passando por amplas reformas para melhorar o ambiente de trabalho dos profissionais e também a qualidade do atendimento aos moradores. O Transforma Vinhedo, amplo programa de reforma e revitalização de escolas e unidades de saúde, vai percorrer 48 prédios municipais.
“As reformas são fundamentais para melhorar as condições de trabalho, mas temos que garantir aos pacientes atendimento humanizado, acolhimento. Temos que cuidar e tratar muito bem nossos moradores nas unidades de Saúde. É o que eles esperam de nós e o que temos que fazer”, pediu dr. Dario aos profissionais de Saúde municipais.
Orientações
A Secretaria de Saúde de Vinhedo já havia realizado orientação técnica, através da Vigilância Epidemiológica e da coordenação dos médicos, aos profissionais da Saúde da Rede Municipal sobre diagnóstico e protocolo de atendimento no caso de eventuais novos pacientes. Essa orientação aconteceu logo após a confirmação do caso na cidade, em junho.
A Secretaria também divulga a seus profissionais todas as informações e notas técnicas produzidas pela Vigilância Estadual de Saúde, Secretaria Estadual de Saúde e Ministério da Saúde para orientar os procedimentos. Segundo o secretário de Saúde, Milton Ribolli, palestras e cursos de atualização dos profissionais municipais serão realizados sempre que necessário.
Sintomas e prevenção
O principal sintoma da varíola dos macacos é o aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas pelo corpo. Podem surgir febre, dor de cabeça, caroço no pescoço, axila e virilha, calafrios, cansaço e dor muscular. Para prevenir é recomendado evitar o contato íntimo com infectados ou pessoas que possuem lesões na pele, higienizar as mãos com frequência e evitar o compartilhamento de roupas, toalhas, copos, talheres e objetos pessoais.
Segundo o Ministério da Saúde, com a erradicação da varíola, a vacinação foi suspensa em todo o mundo por volta de 1980. No Brasil, campanhas mais robustas ocorreram até 1975, mas até 1979 o imunizante era aplicado nos postos de saúde. Os indícios apontam que quem nasceu antes dessa data e foi vacinado está protegido contra a monkeypox. A média de idade dos contaminados está abaixo dos 38 anos. O Ministério da Saúde informou que não há previsão de vacinação no Brasil, mas que está em contato com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para adquirir o imunizante.