Preocupada em manter constantemente a prevenção da dengue e o combate aos focos de reprodução do mosquito Aedes Aegypti, a Prefeitura Municipal de Vinhedo, através da Secretaria de Saúde, pede que a população mantenha todos os cuidados necessários para que não aumente o número de casos da doença na cidade.
Para o prefeito Jaime Cruz, a ajuda da população nos cuidados preventivos e também acionando o Setor de Controle de Zoonoses caso sejam identificados possíveis focos da doença é indispensável. “Queremos manter esta doença, que pode até matar, longe de Vinhedo e para isso precisamos muito da colaboração de todos”, reforça.
O Secretário de Saúde, José Luis Bernegossi, reforça que nesses dias em que a chuva tem vindo os cuidados devem ser redobrados para que nenhum recipiente acumule água e se torne criadouro do mosquito. “Pedimos atenção aos vasos, baldes, pneus ou outros itens que possam manter a água parada, para que sejam mantidos virados. Já se o objetivo for armazenar água da chuva para utilizar nos serviços domésticos, os recipientes devem ser bem tampados assim que a chuva passar”, diz.
De acordo com a Diretora da Vigilância em Saúde, Cinthya Andrade Soares, até esta terça-feira, 3, foram notificados 19 casos em Vinhedo, sendo que 11 foram descartados, cinco confirmados e três aguardando resultado. Dos casos confirmados, dois são autóctones, ou seja, contraídos no município, e três importados de outros locais. “Com o olhar preventivo, queremos que neste ano seja menor o número de infectados em Vinhedo, em relação ao ano passado, quando tivemos 497 casos notificados e 192 confirmados”, afirma. “As medidas preventivas devem ser rotineiras”, completa.
Porque evitar o acúmulo de água
Funcionários do Setor de Controle de Zoonoses da Secretaria de Saúde de Vinhedo informaram que, devido ao desabastecimento de água em algumas regiões do município, muitas pessoas estão acumulando água da chuva, mas que tem sido encontrada larvas do mosquito transmissor da dengue nestes reservatórios que, na grande maioria das vezes, não estão tampados.
A diretora Cinthya Andrade Soares lembra que tampar os reservatórios de água é fundamental, assim como checar constantemente se não há acúmulo de água no quintal ou na frente de casa. “A arma mais eficaz que temos contra essa doença é o combate ao mosquito que se dá através da interrupção de seu ciclo de vida, ou seja, pela eliminação de materiais e de locais que possam se tornar criadouros”, diz.
Ela esclarece que, para chegar à fase adulta, todas as fases do ciclo de vida do mosquito necessitam de água. “O ovo colocado pelo inseto pode eclodir em larva em 48 horas. A larva se torna pupa de 3 a 7 dias e a pupa se transforma no mosquito alado em 3 dias. Dessa forma, 12 dias após a postura dos ovos, o mosquito adulto já está no ambiente e pode sobreviver de 45 a 60 dias. Ao se alimentar do sangue de uma pessoa infectada, o mosquito fêmea adquire o vírus e após 8 dias está competente para transmiti-lo, até o final de sua vida”, explica.
Além da coloração escura e das listras brancas, o Aedes aegypti se diferencia do pernilongo doméstico por ser mais ágil, silencioso, se reproduzir em coleções pequenas de água limpa e parada, se alimentar durante o dia e transmitir o vírus da dengue. Já o pernilongo tem hábitos noturnos, a postura de seus ovos é feita em água rica em matéria orgânica e em locais com grandes quantidades de água, faz zumbido enquanto voa e não é considerado vetor de doenças.
Embora o alerta principal seja em relação ao acúmulo de água em ambientes externos, é preciso tomar alguns cuidados para que o Aedes Aegypti não encontre ambientes criadouros no interior das residências. Veja algumas dicas dos profissionais do Ministério da Saúde que atuam no combate e prevenção da doença:
– Pratos sob vasos de plantas ou de flores: Eliminar os pratos ou a água acumulada neles depois de regar as plantas e escovar as paredes internas dos pratos e as paredes externas dos vasos.
– Vasos de plantas ou de flores na água: Colocar a planta em vaso com terra. Trocar a água duas vezes por semana, escovar a parede interna dos vasos e lavar com água corrente as raízes das plantas. No caso de Floreiro é preciso remover as flores e trocar a água duas vezes por semana e lavar o vaso. E de plantas em água para criar raiz é preciso vedar a boca do vaso com película de polietileno, ou papel alumínio, ou algodão, ou tecido ou trocar a água duas vezes por semana e lavar o vaso.
– Ralo de esgoto sifonado sem uso diário: Utilizar ralo com tampa “abre-fecha” nas áreas internas, na posição “fechada”. Telar ou tampar com algum objeto e adicionar água sanitária ou outro desinfetante semanalmente.
– Ralo de pia, lavatório e tanque sem uso frequente: Tampar com tampa telada.
– Vaso sanitário sem uso: Mantê-lo sempre tampado. Caso não possua tampa, acionar a válvula 2 vezes por semana. Adicionar água sanitária ou cloro semanalmente e vedar com saco plástico aderido ao vaso com fita adesiva.
– Caixa de descarga sem tampa e sem uso diário: Tampar com filme de polietileno. Acionar a descarga 2 vezes por semana e vedar com saco plástico, aderido à caixa com fita adesiva.
– Aquários: Mantê-los tampados ou telados e utilizar peixes larvófagos (beta ou guaru).
– Bandejas de alguns modelos de Geladeira e de Aparelhos de Ar Condicionado: Escovar a bandeja da geladeira 2 vezes por semana. Verificar o gabinete inferior traseiro de alguns modelos que acumulam água em seus receptáculos. Colocar mangueira ou furar a bandeja do aparelho de ar condicionado.
– Bandejas de alguns modelos de Geladeira e de Aparelhos de Ar Condicionado: Escovar a bandeja da geladeira 2 vezes por semana. Verificar o gabinete inferior traseiro de alguns modelos que acumulam água em seus receptáculos. Colocar mangueira ou furar a bandeja do aparelho de ar condicionado.
Serviço:
Mais informações sobre o combate à dengue e denúncias de criadouros podem ser feitas diretamente no Setor de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde pelo telefone: 3886-6300 ou diretamente na Avenida João Paffaro, 556, no bairro Pinheirinho.