Serviço tem foco na atenção às pessoas em situação de rua ou vítimas de negligência social
Pelo menos 739 pessoas passaram pela abordagem social ao longo de 2023. O número representa um aumento de 111% na comparação com 2021, primeiro ano do atual governo, quando 351 registros foram feitos, um dos períodos mais críticos da pandemia da Covid-19 e que ajudou a desencadear o aumento do número de pessoas em vulnerabilidade social, refletindo nos números atuais.
O Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas) compõe o sistema de garantia de direitos, oferecido pela Secretaria de Assistência Social e Cidadania, com o objetivo de estabelecer laços de confiança com indivíduos e famílias em situação de risco social, seja em espaços públicos (situação de rua) ou por denúncia de negligências contra qualquer pessoa no município.
Entre as ações estão ofertar acolhimento e encaminhamento para as demais políticas da rede de proteção, incluindo a Casa de Passagem.
De acordo com dados da Secretaria de Assistência Social e Cidadania, atualmente o Seas acompanha e monitora 28 usuários, com várias demandas socioemocionais e de saúde, entre outras. Muitos destes indivíduos não conseguem mais permanecer em abrigo ou mesmo em suas residências, na convivência com a própria família. Nestes casos, as equipes realizam o trabalho nas ruas garantindo os serviços essenciais, inclusive com uma Terapeuta Ocupacional, que promove atividades grupais para fortalecer os laços entre os usuários e identificar vulnerabilidades nos territórios.
Noites Frias
Em complemento à abordagem, Vinhedo tem realizado o projeto Noites Frias, que visa dar suporte às pessoas, principalmente em situação de rua, em noites em que a temperatura cai abaixo de 15 graus. Neste caso, além de agasalho e cobertor, são oferecidas refeições e a possibilidade, para quem desejar, do encaminhamento para um abrigo, onde podem passar a noite.
“A Sasc trabalha de acordo com os protocolos estabelecidos em âmbito Federal e na Região Metropolitana, seguindo as diretrizes do Sistema Único de Assistência Social, como forma de oferecer oportunidades de desenvolvimento de vínculos familiares ou interpessoais e construção de novo projeto de vida”, explica Cristina Mazon, secretária de Assistência Social.
Próximos passos
No próximo dia 23 de agosto, a Secretaria de Assistência Social e Cidadania, em reunião, vai apresentar o cenário atual das pessoas em situação de rua, buscando continuar a discussão com representantes da sociedade civil e da Prefeitura.
Em julho, a Abordagem Social realizou 197 atendimentos, gerando 72 encaminhamentos para acolhimento seguro. Entre os atendimentos, 60 foram encaminhados para serviços de saúde, enfatizando a preocupação com questões médicas e de saúde mental.
Já a Casa de Passagem, operando 24 horas por dia, acolheu famílias, migrantes e refugiados em situação vulnerável, com um total de 101 usuários acompanhados ao longo do mês, com alguns encaminhados para municípios de origem ou para o retorno familiar, de acordo com os protocolos estabelecidos.