De 2000 a 2010, cidade conseguiu reduzir em 57,5% o percentual de pessoas vulneráveis à pobreza; Prefeitura promove várias políticas públicas de combate à vulnerabilidade social acentuada
Com nível de habilitação em gestão plena em assistência social, Vinhedo é o município da Região Metropolitana de Campinas (RMC) que apresenta os menores percentuais de pessoas consideradas extremamente pobres e vulneráveis à pobreza, ocupando ainda a 2º colocação entre as cidades que apresentam o menor percentual de pessoas pobres (1,35%), praticamente igual ao de Valinhos (1,17%). Os dados são do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em que o município também foi indicado como o 13ª melhor para se viver no Brasil, com Índice de Desenvolvimento Humano Muito Alto (IDHM), de 0,817.
Os menores percentuais indicados pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) têm como base dados do progresso municipal nas áreas de renda, educação e saúde. Mesmo com o crescimento populacional registrado na cidade, Vinhedo mostrou alto desempenho em diminuir o percentual de população extremamente pobre e conseguiu, em 2010 (ano-base da última pesquisa), reduzir para praticamente zero (0,13%) o número de habitantes nesta situação na cidade, ou seja, 53,5% a menos que sua própria marca em 2001, que era de 0,28%. Em 1991, era de 0,86%. “Ficamos, ainda, bastante abaixo do percentual nacional, que é de 6,62%, resultado que nos motiva para continuarmos com serviços e políticas públicas efetivas, com o objetivo de diminuir cada vez mais esses números na cidade”, disse o prefeito de Vinhedo, Milton Serafim, que também é presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC (CDRMC).
A redução gradual também é identificada no combate da vulnerabilidade à pobreza, em que o município tem o menor percentual da RMC, de 5,12%, isto é, 57,5% a menos que sua própria marca em 2000 (12,06%) e quase 74,5% a menos do percentual identificado em 1991 (20,25%). No Brasil, este percentual chega aos 32,56%. Ainda de acordo com os dados do Pnud, divulgados no dia 29, Vinhedo é a segunda cidade da RMC com menor porcentagem de população total de pobres, de 1,35%, praticamente igual a de Valinhos, que tem 1,17%.
Pelo IDHM, a proporção da população indicada como extremamente pobre engloba os indivíduos com renda domiciliar per capita igual ou inferior a R$ 70,00 mensais, em reais, em agosto de 2010. O universo de indivíduos é limitado àqueles que vivem em domicílios particulares permanentes, enquanto que a proporção de vulneráveis à pobreza contempla moradores com renda domiciliar per capita igual ou inferior a R$ 255,00 mensais, em reais, também em agosto de 2010, equivalente a 1/2 salário mínimo nessa data. O universo de indivíduos é limitado àqueles que vivem em domicílios particulares permanentes.
Geração de renda e ações de prevenção à pobreza
Segundo o prefeito de Vinhedo um dos pilares de combate à extrema pobreza e de situações que podem levar a ela na cidade é o empenho da Prefeitura em buscar novas empresas e em manter as que já estão instaladas na cidade. De acordo com Milton Serafim, este trabalho é essencial para permitir que haja no município o constante crescimento na oferta e na geração de empregos e, consequentemente, também para aumento da arrecadação municipal a ser revertida em obras e serviços qualificados à população. “Por isso, estimulamos e apoiamos em Vinhedo a vinda e permanência de micros, pequenas, médias e grandes empresas e propiciamos sua permanência por tempo indeterminado, justamente para continuarmos a aumentar o número de postos de trabalho na cidade e, consequentemente, colaborar diretamente na geração de mais renda aos nossos moradores”, disse.
Já à prevenção de situações de pobreza, a Prefeitura de Vinhedo promove ações preventivas e de apoio às famílias por meio de sua rede socioassistencial municipal. “Mesmo com percentuais pequenos, Vinhedo tem um compromisso muito sério com todos os seus moradores e, para tanto, faz a busca ativa de famílias em situação de extrema pobreza, provendo os grupos familiares identificados nessa situação com os atendimentos e orientações que visam colaborar na aquisição de mais autonomia e contribuir, assim, na busca de sua independência financeira”, disse a secretária municipal de Assistência Social, Claudineia Vendemiatti Serafim.
Assim que identificada a situação de pobreza ou de vulnerabilidade, o morador é registrado no cadastro do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e começa a receber os atendimentos sociais, incluindo sua inserção nos programas de transferência de renda federal e estadual que são mais indicados ao caso identificado. “Nesta atenção fazemos o acompanhamento dos atendidos nos serviços municipais de atenção à família, prestados pelas equipes que atuam nos serviços de proteção e Atendimento Integral à Família [Paif] e de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos [Paefi]”, explicou a secretária municipal.
À busca de famílias que estejam em situação de extrema pobreza no município, a Prefeitura de Vinhedo envolve os profissionais dos dois Centros de Referência de Assistência Social (Cras), do Serviço de Atendimento à Família (SAF) e – aos casos de média e alta complexidade – do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).
No decorrer do atendimento, as famílias são estimuladas a desenvolverem sua autonomia e a buscarem a elevação da renda e a superação da pobreza por meio de acessos e inserções sociais. Para que isso seja possível, os profissionais elaboram em conjunto um plano de ação no qual estão previstos o acompanhamento sistematizado, a inserção escolar e/ou profissional, ações de promoção e inserção no mercado de trabalho, além de outros serviços complementares de apoio e fortalecimento da família. “Financiamos, inclusive, serviços focados na habilitação ou na reabilitação ao mercado de trabalho pelo Selando parcerias, em ações que são desenvolvidas por entidades do município aptas ao oferecimento das iniciativas e que recebem repasse mensal da Prefeitura à execução dos mesmos”, disse o prefeito Milton Serafim.
Ainda com o objetivo de contribuir na recuperação de autonomia de pessoas em situação de extrema pobreza, entre as políticas públicas efetivas promovidas na cidade há uma pioneira e que tem colaborado também ao resgate da identidade de pessoas e famílias em situação de rua ou trânsito. Esse trabalho social é executado indiretamente pelo Centro Comunitário Assistencial Vinhedense (Cecavi), por meio de financiamento feito pela Prefeitura de Vinhedo dentro do seu programa Selando parcerias.